domingo, 7 de setembro de 2014

Pesquisas Eleitorais, servem para o quê?

Se você é daqueles (ou daquelas) que se influencia fácil pelas pesquisas eleitorais para poder resolver em quem você deve votar nessas eleições, é bom passar a ter mais desconfiança dos números apresentado nas pesquisas absurdas que divulgam na TV e nos Jornais, e tratar de analisar bem o candidato que você escolheu. Principalmente, porque há de se presumir que empresas como o Ibope, o Datafolha, o Instituto Sensus, e outras de menor renome, podem mesmo não serem assim lá tão "confiáveis".

Justamente por serem empresas privadas, é uma lógica se pensar que sendo empresas, estas sobrevivem e sustentam seus funcionários com o dinheiro que de quem as contratam para fazer as tais pesquisas. Agradar ao cliente pode nem ser a premissa eminente, mas não é só isso. Observe que há "Margem de Erro" e "Margem de Confiabilidade" na pesquisa, o que já são itens que eles apontam para dizer depois que "a pesquisa não é 100% confiável". É a desculpa pra quando o resultado não se confirmar nas urnas.
 

Em vários dos Grupos dos quais eu participo em redes sociais, sempre vejo gente questionando da confiabilidade dessas pesquisas, mas apenas perguntando quem no grupo já teria sido entrevistado. Afirmo aqui para vocês: eu mesmo já fui entrevistado por duas vezes, assim como em um passado não tão distante, também já prestei serviços de Pesquisas para uma das empresas do Ibope ‒ é... ele tem várias, e em vários segmentos.

Contudo, dizer que já fui entrevistado e entrevistador, não responde a nada ao quê as pessoas querem realmente saber. E mesmo dizer que a pesquisa é feita por Amostragem, isto é: entrevista-se cerca de umas 2mil pessoas em diversos locais, e daí presume-se por essa amostragem o que seria o provável resultado final.

Decerto que há mais dados bem relevantes. À exemplo, todas essas empresas de pesquisas, partidos políticos e candidatos, e até você mesmo, podem ter acesso fácil nos jornais e sites em geral, ao que foi o resultado das últimas eleições, gráficos, dados, planilhas e inclusive em quais áreas geográficas determinado Partido ou candidato teve maior ou menor votação. Portanto, sabedor desses dados, qualquer pesquisador ou empresa de pesquisa, pode direcionar a nova pesquisa a ser feita exclusivamente dentro da área ou reduto eleitoral deste ou daquele candidato.
 
À exemplo da tirinha abaixo do desenhista argentino Quino, o mesmo criador da Mafalda, dá para deduzir o que se pode mesmo esperar de uma Pesquisa Eleitoral. O principal é: influenciar parcelas do eleitorado.

Portanto, dirigir a pesquisa ao que se quer divulgar de resultado positivo (ou negativo), já é um fator muito importante que pode influenciar em muita coisa. Então, comparar outros tipos de pesquisas ou mesmo analisar mais detalhes dessa mesma pesquisa é coisa muito importante. Se você tiver alguma paciência e algum domínio em matemática, pode descobrir na mesma pesquisa que alguns dos dados do resultado são contraditórios entre si. E não precisa ser um(a) expert em analisar gráficos e percentuais que são apresentados como resultado.

‒‒‒‒‒‒‒ Não confie piamente nas Pesquisas Eleitorais. ‒‒‒‒‒‒‒

 

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