__ O Mapa dos Separatistas. __ CARAJÁS, o estado da VALE? __
__ Os interesses dos Políticos de outros estados. __
__ Os interesses dos Políticos de outros estados. __
Alguns podem chegar nesse texto e pensar: “mas eu já li e já sei disso”.
Mas eu apelo: LEIA ATÉ O FIM, POR FAVOR!
Mas eu apelo: LEIA ATÉ O FIM, POR FAVOR!
O termo “fiel da balança” geralmente é usado no Futebol, mas muita gente não sabe bem o que significa exatamente esse termo. Explico: quando ainda não existiam os supermercados modernos e as modernas balanças eletrônicas, os alimentos eram comprados em mercearias, vendas e armazéns, onde tudo era pesado em balanças mecânicas – e ainda existe pelo interior do Pará. A balança mecânica funciona com 2 pratos alinhados linearmente, colocando-se um peso-padrão dentro de um prato da balança de um lado, e no outro prato a mercadoria a ser comprada. Entre ambos os pratos, um ponteiro metálico em haste indicava verticalmente o ponto de equilíbrio no meio, pendendo e balançando de um lado para o outro conforme o peso nos pratos. Quando a balança entrava em equilíbrio perfeito, era o sinal de que o peso dentro dos dois pratos eram iguais e calculava-se o preço.
Esse ponteiro é que era chamado de "o fiel da balança". Pois ficava pendendo em dúvida, de um lado para o outro, até acusar com fidelidade o peso exato entre as duas massas, o peso e mercadoria.
Desde meados de Março, pesquiso, tento entender e me esclarecer do porquê de essa proposta de Dividir o Estado do PARÁ ter partido de Deputados Federais “estrangeiros” ao PARÁ (políticos de outros estados). Assim como eu, a população Paraense se sentiu chocada quando se conscientizaram que o Plebiscito vai mesmo acontecer. Tanto foi assim, que a campanha do SIM Tapajós e Carajás já estava há muito tempo nas redes sociais e na internet, inclusive com gente uniformizada do SIM já saindo organizada pelas ruas de algumas cidades do interior, distribuindo material publicitário. Belém acordou pra realidade tardiamente e o lançamento da Campanha do NÃO só saiu quase 4 meses depois, exceto as movimentações dos Grupos ativos na Internet no Orkut e Facebook.
Quando lemos uma notícia num jornal em um dia, ficamos admirados pensando “Nossa! Isso está mesmo acontecendo!?”. Semanas ou meses depois, lemos outra notícia que nem imaginamos ou nos conscientizamos naquela hora de que esta segunda notícia teria muita coisa a ver com a primeira. E foi coletando notícias e vídeos, estudando, agrupando e cruzando dados, que cheguei a conclusão do porque a região do TAPAJÓS foi colocada como o fiel da balança nessa proposta de divisão do estado.
SENTA QUE LÁ VEM A HISTÓRIA!
Sabiam os Politiqueiros Carajaenses “espertos” que sozinhos em sua intenção de emancipação, seus planos iriam malograr. Mas mesmo que pra isso, retalhassem o PARÁ inteiro, sabedores dos problemas comuns e de antiga história separatista da região oeste, colocaram a Região do Tapajós como o fiel da balança visando conseguir mais votos para tentar emancipar a região do Carajás.
Angariaram ainda apoio externo em uma certa “manobra” com outros Politicos de outros estados, sendo eles: um Senador do Mato Grosso, um do Amazonas e outro de Rondônia (sendo que este foi o relator do projeto). Políticos estes, dos quais não se sabe ainda exatamente o que, ou qual, a razão e interesses destes de outros estados se engajarem num empreendimento Separatista num estado em que a eles nada compete. Interessante notar, que o Dep G Queiroz tem bom jogo de cintura e se empenhou tanto nisso, que para aprovar o Plebiscito, esperou o esvaziamento do Congresso, quando a maioria dos Politicos retorna aos seus estados na sexta-feira, e o aprovou com um uma minoria de Políticos presentes.
Analisando emocionalmente, essa “trama” Separatista é tão vil e repugnante, que em certo ponto do movimento deles, a Assembléia Legislativa de GOIÁS entrou com uma Representação no Supremo Tribunal de Justiça QUERENDO EVITAR QUE OS PARAENSES DE OUTRAS REGIÕES VOTASSEM NESSE PLEBISCITO. (Leia de novo: eu escrevi “Assembléia Legislativa de GOIÁS”).
Pior ainda que se perguntar: PORQUE A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE GOIÁS SE METEU NISSO? é também a questão desse Projeto de esquartejamento do Pará ter sido proposto por um Senador de Mato Grosso e um Senador de Rondônia. Além de contratarem um economista de Goiânia para fazer o tal estudo de viabilidade da Separação, como agora um publicitário baiano para a sua campanha publicitária, como se no estado do Pará na existisse economistas e publicitários competentes. Certamente, pra fazer vingar o Plebiscito! E CONSEGUIRAM!
MAS QUEM FEZ ESSE MAPA DA DIVISÃO?
O mapa retalhando o Estado do Pará, conforme dito por ele próprio, foi feito pelo Separatista e Deputado Federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) - posando de DONO DO PARÁ - conjuntamente com o Prefeito de Tucuruí, e mais dois prefeitos da região separatista.
O primeiro mapa riscado por eles - sem qualquer critério técnico - deixaria o PARÁzinho com apenas 14% do território, pois sua extenção territorial englobava até o município de Paragominas, que faria parte desse pretenso estado de Carajás. Todavia, vale ressaltar aqui que o Prefeito de Paragominas se recusou a entrar no processo, pois não concordou com a divisão do Estado do PARÁ.
Nessa mesa, deixando o PARÁzinho (incluso Marajó) sem quaisquer recursos de sobrevivência ao longo prazo, vivendo apenas de Serviços e Industria local, considerando ainda que haverá fuga de parte da população para outras regiões mais prósperas se acontecer a divisão, eis que eles partilharam o mapa do estado agregando para Carajás todas as áreas com todas as riquezas minerais, agropecuária e hidroelétrica.
Ora, Parauapebas é uma cidade que foi projetada, tem bons recursos em Saúde, Transporte, Saneamento, etc, não tem tantos problemas assim como alegam. Aliás, Parauapebas é a única cidade do interior do Pará a ter um Shopping como os das grandes capitais. Eles poderiam até ter ficado por aí, mas incluíram Tucuruí e Marabá inclusive, já que Paragominas estava fora de questão, diminuindo parte do “novo” mapa Separatista. Mas eis que n traçado “abocanharam” tudo primeiramente pra si.
Para poder agregar e ganhar mais votos para si na empreitada Separatista, os Carajaenses precisavam por um fiel na balança: o pessoal da Região do Tapajós, que também teve história de reivindicação de separação 150 anos atrás, que de pronto aderiram ao Separatismo. Porém, esta região tem a maior área de Proteção Florestal e Ambiental do Estado (as UCs), tanto estadual como federal. Então, eles tinham que dar algo pra Tapajós. E numa esperteza miúda destinou-se ao mapa do Tapajós a Hidrelétrica de Belo Monte na região norte do estado, conhecida como Volta Grande do Xingu – obra esta que está já há 40 anos no papel e não evolui por constantes paralisações. Porém, tem os Separatistas a certeza que a obra vai ser realizada pelo Governo Federal. Com esse traçado, minimizaram o PARÁ a 17% impondo tremenda discrepância na densidade demográfica e populacional ao PARÁzinho.
EM TEMPO: ainda ontem 20/11/2011, frente a uma carreata malfadada dos Separatistas em Belém, onde só se viam carros alugados com motoristas contratados e poucas pessoas exibindo um sorriso sem graça, enquanto o povo Paraense gritava “este estado aqui tem dono: O POVO”, a FOLHA de SP noticiava em seu portal uma nova paralisação das obras de Belo Monte, pedida pelo Prefeito de Altamira - veja em: http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/1008607-altamira-decide-pedir-suspensao-de-belo-monte-veja-video.shtml.
Que motivos os levam a Separar? O bem do POVO Carente, como alegam nas publicidades do Horário Político? DUVIDO! O Desejo de G Queiroz ser Governador? Também DUVIDO! Ele pode candidatar-se peloPará mesmo. Então,
Que informações privilegiadas esses Políticos tem?
Porque o interesse de Políticos de outros estados no PARÁ?
Em 13/11/2011, diz a manchete de economia do portal O GLOBO.com:
“Se aprovado em plebiscito, Carajás será o estado da VALE”.
ESTRANHO ISSO, heim? A VALE VAI SER “DONA” DO ESTADO DO CARAJÁS?
No corpo da matéria de O Globo há um depoimento que diz: “A influência da Vale sobre o novo estado será enorme. Só o lucro da companhia em 2010, foi de R$ 30 bilhões, corresponde a mais de dez vezes o valor das receitas previstas para Carajás, que são de R$ 2,9 bilhões — diz o economista Josemir Gonçalves Nascimento, secretário-executivo da Associação dos Municípios do Araguaia, Tocantins e Carajás (Anamat), favorável à separação do Pará.”
Todavia o que me surpreendeu mais na matéria de O GLOBO é que enquanto todos no Pará vivem de “rumores” sobre a Siderúrgica - mostrando que o povo do Pará não sabe bem - a notícia oficializa que de que
“a VALE está construindo uma Siderúrgica no município (Marabá). A Aços Laminados do Pará (Alpa) terá investimentos de US$ 3,2 bilhões e deve começar a funcionar em 2014, produzindo 2,5 milhões de toneladas de placas de aço”.
O seja: enquanto se pensava que uma Siderúrgica estava para vir para o PARÁ, confirma-se agora que a siderúrgica da VALE já está em construção.
Logo, há de se deduzir, o porquê de o Governo Federal ter pressa da Hidrelétrica de Belo Monte funcionando. O país precisa dessa energia URGENTE. O PARÁ precisa dessa energia. Vai aumentar em muito o consumo de energia local, pois os altos fornos de uma Siderúrgica têm de funcionar 24 por dia, porque não podem ser desligados. Além disso, atrás da Siderúrgica, com certeza virá um sem número empresas da Indústrias de transformação (metalúrgicas e talvez uma montadora de veículos).
Com tudo isso funcionando, uma vez que Minérios e Siderúrgica estarão juntos no mesmo local, o país passa a Exportar também produto acabado, e não só o MINÉRIO. Além disso, com outras indústrias se instalando no Pará, o ICMS terá um "boom" aumentando em muito s recursos do estado do PARÁ. Assim pode-se afirmar com certeza que
“o Estado do PARÁ será o único estado do Norte e Nordeste que pode vir a competir economicamente com São Paulo e Rio de Janeiro em curto período de tempo”.
Provavelmente daí, foi que nasceu o interesse de Políticos Goianos, Matogrossenses e de outros de fora participando nessa trama política da Separação. Todos eles devem ter informações privilegiadas e muitos querem se instalar no Pará.
O fiel da balança é o que age como mediador, orientando, dizendo o que deve ser feito e como deve ser feito, ou é aquele que ajuda a decidir o destino do outro e o seu próprio destino, como no futebol.
Embora Tapajós tenha tido pouca ação até agora nisso, pelo que tenho observado nos comentários da população Tapajoara na internet, a eles tem cabido a ponderação. Eles têm ouvido e lido os dois lados, em uma clara evidência de que sabem que algo estava errado nisso tudo. Principalmente agora que já comprovou-se que os BILHÕES prometidos pros novos Governos pelos Políticos calcados na FPE, NÃO EXISTEM.
A ação de agir como um elemento de mediação nesse Plebiscito é muito importante para Tapajós em decidir seu próprio destino em tornar-se o VIZINHO POBRE de Carajás, pois vão continuar na mesma situação (ou pior) por ser evidente a INSUSTENTABILIDADE FINANCEIRA do futuro Estado do Tapajós, ou de fazer como fizeram os irmãos Marajoaras: VOTAR NÃOeNÃO 55 a essa divisão imprópria nesse momento, e participar do sucesso de um PARÁ GRANDE.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/se-aprovado-em-plebiscito-carajas-sera-estado-da-vale-3230460#ixzz1dy0ipAUX
6 comentários:
Muito bom este post, parabens Paulo Cesar Pantoja. A luta continua e dia 11 de dezembro vamos dar a resposta a esta grande falcatrua politica
Essa mania de grandeza territorial às custas da miséria das pessoas é o
símbolo do colonialismo que insiste em se manter. Vivemos outros tempos,
terra era sinônimo único de riquezas no período feudal. Esses que usam o
argumento da “indivisibilidade” pensam da mesma forma com relação às
riquezas que o território paraense abriga: ninguém divide. Fica só para
eles.
Meu voto é SIM SIM, CHEGA DESSA LADAINHA DE FORASTEIRO, SOU PARAENSE E DIGO SIM!!! 77
gostei dos teus post... sou contra a divisão também...
agora com relação a siderúrgica, não é surpresa e nem estava debaixo dos panos, foi anunciada em um evento na FIEPA, em 2010, onde já foram levantadas as necessidades e grandes possibilidades para o nosso Estado.
Como disseste no final do texto, talvez seja esta, uma das justificativas, para os outros grandes estados, potenciais, estarem feito urubus apoiando essa divisão absurda do nosso Estado.
Caro Paulo Cesar, gostaria de fazer mais contato com você, li seu artigo no blog, e gostei de suas palavras, mas quando você se refere ao" PARÁzinho (incluso Marajó) sem quaisquer recursos de sobrevivência ao longo prazo, onde partilham o mapa do estado agregando para Carajás todas as áreas com todas as riquezas minerais, agropecuária e hidroelétrica.Ora, Parauapebas é uma cidade que foi projetada, tem bons recursos em Saúde, Transporte, Saneamento, etc, não tem tantos problemas assim como alegam. Aliás, Parauapebas é a única cidade do interior do Pará a ter um Shopping como os das grandes capitais." diante suas palavras, venho informar que estou nesta região a nove anos e sinto as dificuldades de um povo, onde você fala que Parauapebas é uma cidade autosuficiente, eu muitas vezes fiquei preso nas estradas da mesma cidade por se partir no meio deixando a cidade totalmente ilhada isso acontece todos anos na época das chuvas. saúde único hospital que pode atender a população com competência é particular "Takeda". onde qualquer especialização mais aprofundada os pacientes terão que ser tranfgerido para Araguaina ou Terezina, por falta de profissionais,a única coisa certa que você se referiu foi o shopping, inaugurado a pouco tempo, mas com diz um ditado popular "moça bonita com a calcinha furada" assim é Parauapebas e demais cidades desta região onde você diz ser rica, mas sem autonomia para ter estrutura, haja vista que o governo do Estado se coloca impossibilitado de administrar um Pará tão grande. Amo o Pará e por isso quero ele mais potente, no meu ponto de vista ser grande não significa ser potente. espero conversar mais com você e parabéns pelo seu blog!
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Nildo Jorge
fala-se que o tapajós será um pobre vizinho do carajás. pode acontecer sim; já que carajás tem muitos mais recursos do que o tapajós. somos paraenses, mas não podemos nos orgulhar, já que dependemos da capital, onde a maior parte dos lucros do interior é destinados para capital e é justamente por isso que queremos nos desfazer e o pessoal da grande metropole não quer, prq a mamada irá acabar. se continuar do jeito q tá, o pessoal de lá (Belém) cresce e nós continuaremos na mesma miséria.
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